sábado, 30 de outubro de 2010


A riqueza e o desafio adolescente (1957-1967).
braniff01 Tudo para sua Festa Anos 60   Decoração, Cardápio e Roupas fotos   aluminium01 Tudo para sua Festa Anos 60   Decoração, Cardápio e Roupas fotos
No ano de 1957, após a guerra e suas consequências para o mercado da moda, surge uma nova Europa, que emergindo de suas carências e privações, traz consigo um mercado adolescente, fazendo com que haja um grande impacto para a comercialização da moda, surgindo uma sociedade descartável e consumista, pois com a imagem jovial tão desejada, tudo era descartado antes mesmo de ser gasto. Esse mercado adolescente e rebelde necessitava de mudanças rápidas, de estar a cada dia se inovando, a moda de curta duração era a norma.
A moda que se concentrava em pequenos grupos privilegiados de boa situação econômica, como acontecia em Paris, agora se concentrava no jovem médio da rua, como acontecia em Londres, onde o ritmo da moda era comandado por um talentoso grupo de estilistas.

O símbolo da década de 60 foi a minissaia na altura da coxa, que permaneceria por um bom tempo juntamente com os visuais de menininha, cortes de cabelos, bastantes geométricos e suéteres canelados justos. Mesmo com tantas mudanças à tona, Paris ainda continuava sendo o centro da moda, e muitas lojas forneciam aos clientes ricos roupas soberbas mantendo o estilo de padrão elevado, evitando gestos estilísticos revolucionários. Mas a alta costura se declinava a partir do momento em que o custo das modelos se elevava e os clientes ricos diminuíam.
A década de 60 abraçou do estilo clássico de Jacqueline Kennedy à moda unisex de Sonny e Cher.
Christian Dior depois de sua coleção em 1947 assegurou dez anos no topo com a capa da revista time. O talento deYves Saint Laurent com a linha Fuso (1957), com trajes estreitos e sem cintura. Sua coleção final para Dior ,em 1960, foi a Beat Rive Gauche, reinterpretando as roupas de motoqueiros e beats em couro de luva, peles de crocodilo, etc. Os vestidos Mondrian foram imediatamente copiados, feitos com tecidos industrializados, como os vestidos Op Art de Saint Laurent de 1966-7.





Versatilidade em Saint Laurent e Hans Wegner.

Balenciaga continuou a fazer roupas refinadas e fez experiências extravagantes para a noite, em formas geométricas exageradas em seda dura, a gazar.
Courréges escolhia mulheres jovens e atléticas para ajustarem a seus modelos despojados. Os sapatos tinham de ser chatos: ele introduziu as botas brancas; inspirado em astronautas e espaçonaves, tinha paixão por branco e prata. Para todas as estações, tecidos lisos, suavizados por listras, xadrez e vivos.
Pierre Cardin incluía em sua assinatura decotes assimétricos, contornos festonados e golas roulés e colarinhos enormes. Rabanne criou trajes inteiros juntando pequenos componentes de plástico e metal.

John Stephen reconheceu o fato de que os alfaiates tradicionais e as lojas não estavam satisfazendo os adolescentes, então, introduziu roupas ousadas, com consciência de corpo, de cores atrevidas, feitas com veludo, pelúcia, couro, cetim, cotelê e lã angorá.
Um grupo de jovens conhecidos como ‘iê-iê’(por causa de uma musica dos Beatles), abriram butiques que faziam sucesso, oferendo modelos que distanciavam da alta costura e roupas de departamento. Os vestidos de plástico transparente, de papel, trajes de motoqueiro prateados e roupas fluorescentes, atendiam os anseios dos jovens.










A maquiagem preta pesada era um pré-requisito na moda da década de 1960, criando contraste, lábios e pele eram mantidos claros. Os estilos dos cabelos começaram com um estilo formal e maduro e um tempo depois para o estilo curto, rabo de cavalo e estilo moleques com formas geométricas, fixados por sprays e loções. Os homens deixaram crescer os cabelos e barbas.


Os principais produtores de tecidos artificiais eram a Du Pont, nos EUA e a Courtaulds, no reino Unido. Estilistas de primeira linha como: Mary Quant, Pierre Cardin e Lanvin foram convidados a preparar coleções especiais para promover as mais recentes fibras sintéticas e elevar o seu status.

A própria esposa de Verner Panton demonstra o conforto da primeira cadeira injetada num único molde plástico (1959/1960).
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Diferentes personalidades e estilos nas inglesas Mary Quant e Laura Ashley.






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